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Como a economia comportamental pode mudar a sua vida

Saber de que forma – e por que – gastamos é essencial para manter as contas em dia e conseguir realizar sonhos 

A economia comportamental é o campo de estudo que analisa o comportamento e a tomada de decisão do ser humano em relação ao seu dinheiro. As finanças comportamentais buscam compreender o que influencia as pessoas no momento da compra de determinado item. Ao adquirir uma bolsa, por exemplo, o que a motiva? Você já parou para pensar nisso?

O tema vem ganhando evidência nos últimos anos e está muito presente em importantes prêmios de economia realizado em todo o mundo. A economia tradicional diz que devemos gastar menos do que ganhamos e a economia comportamental busca entender por que essa reserva de dinheiro não é feita pela maioria das pessoas. Isso explica que nossas emoções nos fazem tomar decisões equivocadas e que, se agíssemos apenas com a razão, não compraríamos determinadas coisas. Melhor ainda: evitaríamos muito das dívidas que acumulamos.

Há um século, ou pouco mais, os estudiosos do tema – Daniel Kahneman e Amos Tversky –, descobriram que o comportamento das pessoas no momento da compra é 93% emocional e apenas 7% racional. Isso ocorre por vários fatores, como padrão de comportamento dos nossos familiares na infância e adolescência, influências sociais, primeiras emoções e crenças que desenvolvemos ao longo da vida.

Mas, então, como devemos controlar nossas emoções para tomar decisões mais assertivas e racionais?

Não é nada fácil driblar nossos impulsos quando se trata de dinheiro. Mas não entre em pânico: nas próximas linhas você vai descobrir como usar a psicologia financeira a seu favor:

  • Busque o autoconhecimento: quanto maior o entendimento de suas emoções e reações, mais fácil você conseguirá lidar com os impulsos e o descontrole financeiro. A mulher que busca se conhecer é capaz de elevar sua inteligência emocional e, consequentemente, de administrar muito melhor o seu dinheiro, não permitindo que as dores da vida definam a forma de ver e gastar o seu dinheiro. Tente avaliar as emoções que despertam a sua vontade de consumir;
  • Tenha objetivos de vida: não deixe que os prazeres imediatos destruam os seus sonhos para o futuro. Se não tivermos objetivos bem definidos, vamos ter que seguir no embalo de Zeca Pagodinho e deixar a vida nos levar. Você precisa definir objetivos de curto, médio e longo prazos para atingir suas metas. Se acha difícil, comece aos poucos. Tenha metas alcançáveis;
  • Invista em educação financeira: infelizmente, no Brasil, não aprendemos a lidar com o nosso dinheiro. Essa ausência de conhecimento faz parte da nossa cultura. Falar sobre isso ainda é algo mais presente apenas no universo masculino. Por isso, a maioria das mulheres não prioriza os cuidados com o seu próprio dinheiro. Olhe para sua saúde financeira com carinho! Cuidar do orçamento e investir deve ser uma extensão do seu “eu”. O conhecimento sempre renderá a você os melhores juros.

Quanto mais informações tivermos sobre o nosso comportamento financeiro, mais capazes seremos de administrar o que ganhamos ou temos. E, quanto antes começarmos, mais chances teremos de usar os nossos recursos com sabedoria.

Karina Scola Pescada é planejadora financeira pessoal e CFP® da Foquemos Investimentos

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